domingo, 29 de abril de 2012

ANTIBIÓTICOS - RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS - SUPERBACTÉRIA - Cientistas mostram como os antibióticos ativam patogênicas infecções intestinais- A colite associada ao uso de antibióticos.




Cientistas mostram como os antibióticos ativam patogenias  e  infecções intestinais -  Ineficiência de antibióticos pode piorar saúde mundial, alerta OMS – veja sobre mais abaixo

Estudos realizados por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford nos mostram os efeitos dos antibióticos nas bactérias do intestino.

Um número de patógenos intestinais pode causar problemas após a administração de antibióticos, disse Justin Sonnenburg, PhD, professor assistente de microbiologia.

Antibióticos abrem a porta para esses micro organismos patógenos entrarem em nosso organismo. Quando nossa defesa vacila , o que acontece pouco tempo depois do uso de antibióticos, os saqueadores, micro-organismos como a salmonela ou Clostridium difficile podem se desenvolver. Veja a importância de manter seu sistema imunológico OK usando a ELETROTERAPIA - GFU 

Nas primeiras 24 horas após a administração de antibióticos por via oral, um aumento na disponibilidade de hidratos de carbono tem lugar no intestino, revela o estudo.

Este excedente de nutrientes combinado com a redução das bactérias amigas do intestino devido a ataques dos antibióticos, permite, pelo menos, dois agentes patogênicos potencialmente mortais obter um ponto de apoio.

Os milhares de diferentes de bactérias que normalmente habitam nosso corpo fabricam vitaminas, proporcionam uma formação crítica para o nosso sistema imunológico e até mesmo orientaram o desenvolvimento de nossos próprios tecidos.

Antibióticos dizimam esse ecossistema,  que parece sofrer a perda permanente de algumas de suas cepas bacterianas constituintes.

Outra teoria sustenta que o rompimento de nosso ecossistema microbiano interior de alguma forma prejudica a nossa capacidade de resposta imunológica. Mais sobre em
http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/2011/03/x_4479.html

Quando nossa defesa vacila , como faz pouco tempo depois do uso de antibióticos, os saqueadores, micro-organismos como a salmonela ou Clostridium difficile podem se desenvolver com mais facilidade.

Quando atingem um número suficiente, esses dois invasores parasitas induzem uma inflamação, uma condição que prejudica a restauração do nosso ecossistema intestinal normal, local em que as salmonelas e C. difficile aprenderam a prosperar.

A colite associada ao uso de antibióticos. 
A colite associada ao uso de antibióticos é a inflamação do intestino grosso decorrente do uso de antibióticos.
 Muitos antibióticos alteram o equilíbrio entre os tipos e as quantidades de bactérias presentes no intestino, permitindo dessa maneira a proliferação de determinadas bactérias patogênicas (que causam doenças).
A bactéria que mais comumente causa problemas é o Clostridium difficile, que é responsável pela produção de duas toxinas que podem lesar o revestimento protetor do intestino grosso.
Os antibióticos que mais frequentemente causam esse distúrbio são a clindamicina, a ampicilina e as cefalosporinas (p.ex., cefalotina).
Outros antibióticos que podem causar o distúrbio incluem as penicilinas, a eritromicina, o sulfametoxazol-trimetoprim, o cloranfenicol e as tetraciclinas.
O crescimento excessivo de Clostridium difficile pode ocorrer independentemente de o antibiótico ser administrado pela via oral ou parenteral. O risco aumenta com a idade, mas os adultos jovens e as crianças também podem ser afetados. Nos casos leves, o revestimento do intestino pode tornar-se discretamente inflamado. Na colite grave, a inflamação é extensa e o revestimento apresenta ulcerações.

EM MARÇO DE 2012 JÁ SE FALAVA SOBRE. Agora em 2014 sai Ineficiência de antibióticos pode piorar saúde mundial, alerta OMS – veja sobre mais abaixo

17/03/2012 07h19 - Atualizado em 17/03/2012 07h27
Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS
Especialistas alertam que mundo caminha para era 'pós-antibióticos', na qual até um arranhão pode ser fatal.
Cada dia mais e mais percebemos a importância de nos fortalecermos e o aprender a PREVENIR ! 
http://gfugeradordefrequencia.blogspot.com.br/search?q=PREVEN%C3%87%C3%83O

A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era 'pós-antibióticos', na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).

'Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos', diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.


Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.

'Muitos países estão incapacitados pela falta de infraestrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos', diz Chan.

'Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade', afirma.

Uso excessivo
As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.

Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.

Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.




30/04/2014 10h37 - Atualizado em 30/04/2014 10h43
Ineficiência de antibióticos pode piorar saúde mundial, alerta OMS
Resistência a medicamentos por mau uso já é realidade no planeta.
Relatório foi divulgado pela Organização Mundial de Saúde nesta quarta.

A resistência a antibióticos deixou de ser uma ameaça para converter-se em realidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que advertiu nesta quarta-feira (30) que infecções atualmente consideradas menores podem voltar a ser mortais.

O informe alarmista, o primeiro relativo à resistência do corpo aos antibióticos em escala mundial, afirma que “esta grave ameaça não é uma previsão, mas uma realidade, afetando a todos, de qualquer idade ou país de origem”.

Os antibióticos são considerados pela OMS como um dos pilares da nossa saúde, que nos permite viver sadios por mais tempo.

 Mas sua utilização inapropriada tornaram muitos medicamentos ineficazes em poucas décadas.

Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.

Com dados de 114 países, o documento da OMS disse que superbactérias capazes de burlar até os mais violentos antibióticos --uma classe de medicamentos chamada carbapenêmicos - já foram encontradas em todas as regiões do mundo.

Estima-se que apenas um desses agentes patogênicos resistentes, chamado MRSA, cause cerca de  19 mil mortes por ano nos EUA --bem mais do que o HIV/AIDS - e um número semelhante na Europa.



Fim da medicina moderna
 “A menos que os diferentes atuem de forma coordenada e urgente, o mundo estará caminhando para uma era do pós-antibiótico, em que as infecções atuais e pequenas feridas, que durante décadas foram curadas facilmente, poderão matar novamente”, afirmou Keiji Fukuda, diretor-geral adjunto da OMS.


A própria organização afirmou, certa vez, que uma era pós-antibióticos significa o fim da medicina moderna como a conhecemos.

“Se não tomarmos medidas significativas para melhor prevenir a infecção e alterar a nossa forma de produzir, usar e prescrever antibióticos, vamos gradualmente perder esses benefícios de saúde pública mundial, com consequências devastadoras para a saúde”, complementou.


O que é uma SUPERBACTÉRIA?
Nas últimas décadas, o mundo tem testemunhado uma grande proliferação de bactérias patogênicas, envolvidas em uma variedade de doenças, que apresentam resistência a múltiplos antibióticos.
O termo superbactérias, muito usado atualmente, refere-se a bactérias que acumularam vários genes determinantes de resistência, a ponto de se tornarem refratárias a praticamente todos os antimicrobianos utilizados nos tratamentos médicos, deixando clínicos e cirurgiões sem muitas opções para combater as infecções.
Sem dúvida, um dos mais importantes fatores envolvidos na proliferação de superbactérias é a ampla utilização de antibióticos no ambiente hospitalar, na população extra-hospitalar (comunitária) e na agropecuária.
A taxa de infecções graves por bactérias multirresistentes é ainda maior nos países em desenvolvimento
É preocupante o aumento contínuo das taxas de mortalidade relacionadas a infecções por bactérias multirresistentes, em todos os continentes. A partir de dados (de 2009) de um grupo de estudo envolvendo o Centro Europeu para o Controle de Doenças e a Agência Europeia de Medicina, estimou-se que, a cada ano, cerca de 25 mil pacientes morrem dessas infecções na União Europeia.
Nos Estados Unidos, estudos realizados pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) avaliaram que mais de 63 mil pessoas morrem, a cada ano, de infecções bacterianas associadas a hospitais.
Mais inquietante é o fato de que a taxa de infecções graves por bactérias multirresistentes é ainda maior nos países em desenvolvimento, como o Brasil, onde os serviços de assistência à saúde são, muitas vezes, precários.

Perigo nos hospitais

As superbactérias têm surgido a partir de diversas espécies ou grupos de microrganismos, alguns dos quais podem ser encontrados normalmente em nosso corpo (na pele e nos intestinos, por exemplo).
Entre as espécies mais associadas à resistência a antimicrobianos estãoStaphylococcus aureus resistente à meticilina (conhecida pela sigla MRSA),Acinetobacter baumannii, Entero-coccus faecium, Pseudomonas aeruginosa,Clostridium difficile, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.

A espécie ‘Staphylococcus aureus’ resistente à meticilina (na foto), conhecida pela sigla MRSA, está entre as superbactérias mais disseminadas no mundo, tanto no ambiente hospitalar quanto fora dos hospitais. (imagem: Janice Carr/ HHS)
A MRSA está, sem dúvida, entre as superbactérias mais disseminadas no mundo, tanto no ambiente hospitalar quanto fora dos hospitais, envolvendo inclusive indivíduos saudáveis.
Pacientes hospitalizados são mais suscetíveis a infecções graves por MRSA, em razão do sistema imune mais comprometido
Em 2007, o CDC publicou relato, no Journal of the American Medical Association, estimando que o número de infecções por MRSA nos Estados Unidos estaria próximo de 100 mil por ano, com cerca de 19 mil casos fatais. O número de mortes, segundo o editorial que comentava o artigo, é maior que o das mortes atribuídas ao vírus da Aids naquele país, no mesmo ano.
Atualmente, em países mais ricos, como os Estados Unidos, 60% a 70% das amostras deS. aureus encontradas em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam resistência à meticilina (ou seja, são MRSA).
Pacientes hospitalizados são, particularmente, mais suscetíveis a infecções graves por MRSA, em razão do sistema imune mais comprometido e do uso de procedimentos médicos invasivos, como cirurgia e implantação de cateteres e próteses. 

http://cienciahoje.uol.com.br/
http://g1.globo.com/
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/

http://www.estadao.com.br/


Fabienne Antunes Ferreira 
Raquel Souza Cruz 

Agnes Marie Sá Figueiredo 
Departamento de Microbiologia Médica
Universidade Federal do Rio de Janeiro
http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_09/cap_109.html
Fonte www.sciencedaily.com

Leia mais em: http://cienciasetecnologia.com/cientistas-mostram-antibioticos-ativam-patogenicas-infeccoes-intestinais/#ixzz2r8auis5m

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