Breve história dos usos
medicinais do ouro.
Os mais antigos registros sobre
o uso medicinal do ouro vêm da Alexandria, Egito. Há 5.000 anos, os egípcios
ingeriam ouro para a purificação da mente, corpo e espírito. Os antigos
acreditavam que o ouro, no corpo, trabalhava para a estimulação da vida e aumentava
o nível de vibração em todos os níveis.
Os Alquimistas de Alexandria
desenvolveram um "elixir", feito de ouro líquido. Acreditavam ser o
ouro um metal místico que representou a perfeição da matéria, e que sua
presença no corpo poderia estimular, rejuvenescer, além de curar uma série de
doenças, bem como restaurar a juventude e a saúde perfeita.
Aproximadamente há 4.500 anos,
os egípcios já usavam ouro em odontologia. Arqueólogos modernos têm encontrado
notáveis exemplos dos antigos usos do ouro. Hoje, ainda a favor do ouro como
material ideal para o trabalho dentário, aproximadamente 13 toneladas desse
metal são usadas, a cada ano, para a confecção de coroas, pontes, restaurações
e dentaduras. O ouro é ideal para tais aplicações porque é não-tóxico, pode ser
facilmente modelado e nunca se desgasta, corrói ou perde o brilho.
Na Roma antiga, pomadas
(ungüentos) feitas com ouro eram usadas para o tratamento de úlceras na pele,
e, hoje em dia, finas folhas de ouro têm também papel importante no tratamento
de úlceras crônicas.
Na Europa medieval, pílulas
revestidas de ouro e "águas de ouro" eram extremamente populares.
Alquimistas misturavam ouro em pó nas bebidas, para confortar os afetados por
dores nas pernas. O uso do ouro em pó para combater dores causadas pela artrite
foi passado através dos séculos e, ainda hoje, é usado no tratamento da artrite reumatoide, tendo sua eficácia confirmada por pesquisas da medicina moderna.
Paracelsus: "Gold receives its influence from the Sun".
(O Ouro recebe sua influência do Sol.)
Durante a Renascença, o grande alquimista, considerado fundador da medicina moderna, Paracelso, desenvolveu vários medicamentos, altamente bem-sucedidos, partindo de minerais metálicos incluindo ouro. Um dos maiores alquimistas/químicos de todos os tempos, fundou a escola de Iatroquímica, a química da medicina, a qual é precursora da farmacologia.
Paracelso - Alquimista e médico suíço (1493-1541).
Nos anos 1900, cirurgiões implantavam peças de ouro de US$ 5 dólares sob a pele próxima a uma junta inflamada, tal como joelho ou cotovelo. Como resultado, a dor, com freqüência, diminuía ou cessava.
Na China, as propriedades
reconstituintes do ouro são ainda reconhecidas nas cidades do campo, onde
camponeses cozinham o arroz colocando na panela uma moeda de ouro, a fim de
ajudar a reabastecer o ouro em seus corpos, e alguns restaurantes chineses utilizam
folhas de ouro de 24 quilates em suas preparações.
Ouro coloidal
Se o ouro metálico é dividido em
finas partículas (tamanhos atingindo de um a uma centena de bilionésimos do
metro, portanto 1-100 nanômetros), e as partículas estão permanentemente
suspensas em solução, o mineral torna-se conhecido como ouro coloidal,
exibindo, então, novas propriedades, devido à extensa área superficial contendo
grande quantidade de ouro.
Após estudar os trabalhos de
Paracelso, o renomado químico inglês Michel Faraday preparou o ouro coloidal em
estado puro, em 1857, e muitos usos foram encontrados para suas soluções de
"ouro ativado".
Michel Faraday - Físico-químico inglês (1791-1867).
Em 1890, o conceituado bacteriologista alemão, Robert Koch, obteve o Prêmio Nobel, por ter descoberto que compostos feitos com ouro inibiam o crescimento das bactérias que causavam a tuberculose.
No Século 19, o ouro coloidal
foi comumente usado nos Estados Unidos no combate ao alcoolismo (então chamado
dipsomania, definida como sendo um impulso mórbido e irresistível, que leva a
pessoa a ingerir grande quantidade de bebida alcoólica), e hoje ele é usado
para reduzir a dependência de álcool, cafeína, nicotina e de carboidratos.
Nos Estados Unidos, desde 1885,
o ouro é conhecido por suas capacidades curativas sobre o coração e melhora da
circulação sanguínea. Desde 1927 tem sido usado no tratamento de artrite.
Os europeus estão atentos aos
benefícios do ouro no sistema e têm adquirido pílulas revestidas de ouro e
"águas de ouro" (gold waters) a mais de cem anos.
Em julho de 1935, na revista
Clinical, Medicine & Surgery, em artigo intitulado "Coloidal Gold
in Inoperable Câncer", escrito por Edward H. Ochsner e colaboradores,
é vista a seguinte afirmação: "Quando a condição é desesperadora, o Ouro
Coloidal ajuda a prolongar a vida, tornando-a mais suportável para ambos,
paciente e os que estão à sua volta, porque encurta o período terminal de
caquexia (estado de abatimento profundo, devido à desnutrição, freqüentemente
associada a uma doença crônica) e reduz bastante a dor, o desconforto e a
necessidade de ópios (narcóticos), na maioria dos casos".
Os doutores Nilo Cairo e A.
Brinckman são autores do best-seller "Matéria Médica" (São Paulo,
Brasil, 19a edição, 1965), no qual o Ouro Coloidal aparece
listado como o remédio número um contra a obesidade.
Dr. Nilo Cairo - Homeopata brasileiro (1874-1928).
Usos Modernos
Hoje em dia, os usos do ouro em
medicina têm se expandido grandemente. Malhas feitas com finíssimos fios de
ouro são usadas em cirurgia para corrigir ("remendar") vasos
sanguíneos, nervos, ossos e membranas. Médicos modernos injetam partículas de
ouro microscópicas para ajudar a retardar o câncer de próstata no homem;
mulheres com câncer no ovário são tratadas com soluções de ouro. Lasers de
vapor de ouro buscam encontrar e destruir células cancerosas, sem causar danos
às células vizinhas.
Diariamente, cirurgiões fazem
uso de instrumentos de ouro para "iluminar" artérias coronárias e,
lasers recobertos com ouro, dão nova vida a pacientes com problemas no coração,
e que não podem passar por uma cirurgia.
Um novo composto experimental de
ouro bloqueia a replicação do vírus em células infectadas e está sendo testado
para o tratamento da AIDS.
O ouro vem se tornando uma
ferramenta biomédica importante para cientistas que estudam o por quê de o
corpo se comportar de determinada forma, em certos eventos médicos. Anexando um
marcador molecular em uma peça de ouro microscópica, cientistas podem seguir
seu movimento através do corpo, dado o fato de o ouro ser facilmente visível
por um microscópio eletrônico. Podem, assim, observar reações em células
individualmente.
Alguns pesquisadores estão
colocando ouro no DNA para estudar material genético híbrido em células. Outros
o estão usando para determinar como as células respondem às toxinas, calor e
stress físico. Por ser ele biologicamente benigno, bioquímicos usam-no para
produzir compostos com proteínas, criando novas drogas "salvavidas".
O ouro tem sido conhecido através dos anos por seu efeito direto sobre as
atividades do coração, auxiliando na circulação sanguínea. Beneficia o
rejuvenescimento lento dos órgãos, especialmente o cérebro e o sistema
digestivo e tem sido usado nos casos de congestão glandular e nervosa e nas
falhas de coordenação.
O mecanismo de estabilização da
temperatura do corpo é restaurado com ouro, particularmente em casos de
calafrios, ondas de calor e suores noturnos.
O ouro coloidal tem um efeito
estabilizante e harmonizador sobre todos os níveis do corpo, mente e espírito.
É usado para melhorar atitudes mentais e tratar estados de instabilidade mental
e emocional como depressão, melancolia, aflição, medo, desespero, angústia
frustração, tendências suicidas, transtorno afetivo, memória fraca,
concentração fraca, e muitos outros desequilíbrios da mente, corpo e espírito.
O ouro coloidal aumenta a
energia e age positivamente sobre a libido. Ele também auxilia nos distúrbios
de déficit de atenção.
De acordo com numerosos estudos,
o ouro coloidal aumenta a acuidade mental e a habilidade de concentração.
Trabalhos recentes apontam um aumento de 20% no Q.I. de pessoas que ingerem
diariamente doses de ouro coloidal, por apenas três semanas O ouro coloidal tem
sido pensado para fortalecer o funcionamento mental, pelo aumento da
condutividade entre terminais nervosos no corpo e sobre a superfície do
cérebro.
Outros tratamentos tradicionais
incluem, além da artrite, obesidade, úlceras de pele, ferimentos por picada,
danos em nervos (neuropatia), desintoxicação, destreza motora, hiperatividade,
visão fraca. É também usado para aliviar a debilitação e desnutrição,
associadas a doenças crônicas.
As fabulosas propriedades
curativas do ouro estão sendo devagar, mas seguramente descobertas. Modernos
cientistas e médicos descobriram o que os antigos já sabiam: o ouro é, sem
sombra de dúvida, um metal muitíssimo precioso!
Esse artigo me fez lembrar que há uns 15 anos atrás tínhamos ouro e prata em oligoelementos. Não estou aqui sugerindo que tomem ouro. Mesmo porque quem conversou comigo sobre o ouro comentou que tomou um e que passou muito mal. Tudo que volta com força total precisa ser bem pesquisado.
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_cultural/lqes_cultural_cultura_quimica9-1.html
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